Em litígio comigo,
abarco-me inteiro,
limites que choram,
em prostração miúda
da falibilidade posta.
É certo que amei o sol,
me apaixonei por estrelas,
deliciei-me com as manhãs
e entardeceres, temporais,
em louvor ao temporário
que se mostrou nas cortinas.
Tudo muito belo e presente,
mas só faces do ausente,
do que se escondeu premente,
simples insinuações do que não vi.
Nascido peixe,
com um mar inteiro a disposição,
e com tudo o que nele existe,
contentei-me passiva alga
à deriva, na superfície.
Francisco Costa
Rio, 13/01/2015.
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