arquétipo do desespero,
impostura que me assola,
em negação do que sou.
Existem possibilidades, eu sei,
de novas manhãs e amanhãs,
de mais pássaros na cumeeira
e jardineiras floridas nas salas,
mas em mim persiste a tristeza,
esse olhar baço, apagado, inútil,
impróprio às cores e à claridade.
Pode ser que adiante, mais além
eu me redescubra o anterior,
o que amava em versos
e em versos cultuava o amor.
Mas ainda não, não agora.
Esqueci o meu sorriso
em algum canto de outrora.
Francisco Costa
Rio, 23/01/2015.
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