A lua que te contempla
contempla humilhada
diante do teu brilho,
tardio reflexo,
cintilação,
pálida fugacidade
escondida em mim.
Luminosa e ligeira,
de noturna trajetória,
escapas de braços
e abraços, beijos,
para ser só oferenda,
dádiva, ostentação
posta na noite.
Idealizada e ausente
porejas saudades
de antigas madrugadas
onde, nauta de lençóis,
eu viajava teu corpo,
enluarada carne
só de chegada
porque nunca parti.
Francisco Costa
Rio, 10/04/2015.
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