Que trazes
de não efêmero
passageiro
aéreo e fugaz
capaz de se diluir
e fazer-se nada
amanhã?
O que em ti
é duradouro
pertinente
constante
e declarado
em atestado
de permanente?
O que em ti
não é brilho
dependência de luz
ou calor ocasional
dependente de sol?
O que de concreto
em ti habita
incógnita de desejos
debruçados
sobre o meu corpo
devoluto, aguardando
invasão?
O quê, o quê
se em mim
mais não pulsa
que a curiosidade
senhora de tudo
ocupando-me
decifração
de ti?
Francisco Costa
Rio, 08/04/2015.
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