Amo-te de amor tanto e tão desmedido
que mais amar eu não conseguiria.
Essência que a mim se impõe, esse amor
dissipa penumbras e escuridões, colore
o que se pretendia cinza e obscuro,
mal delineado, semeando vontades.
Isso que me habita e de mim me rouba
só pode ser amor, esse não se sabe o que
impondo as suas leis e vontades,
reduzindo-nos, instrumentos de desejos,
a desejo único, ser o outro, estar no outro,
como se o outro, tudo, a claridade posta
nas manhãs que contêm o mundo.
É desse amor que me sofro e me morro,
ardendo chamas que me consomem
um corpo limitado atrás de complemento,
um coração que, por amor, não cabe em si,
abarcando tudo, do nada ao infinito
porque todo o infinito reside em ti.
Francisco Costa
Rio, 22/02/2015.
Do nada ao infinito, porque todo o infinito reside em ti. Assim é vc pra mim.
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