Se há luta inglória
Foi a que empreendi
Com as palavras.
Cada palavra é única
Porque fêmea,
Com a especificidade
Da individualidade
Que não se repete,
Exigindo exatidão
Na abordagem.
Esta pudica e casta,
Aquela desavergonhada,
A outra, trivial e comum,
Cada qual única,
De individualidade
Mantida incólume,
Indiferente ao uso
Que lhe faça o digitador.
Colecionar palavras
É manter um harém
Onde acabamos
Nos tornando
Uma palavra também.
Francisco Costa
Rio, 19/06/2014.
Linda poesia Francisco, carregada de erotismo sutil e instigante, adoro, beijos meus.
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