quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Primeiro dia do ano,
Preciso escrever
O primeiro poema do ano.

As ideias, embotadas e arredias,
Recusam-se ao laço da poesia.

Tateio, cutuco, vasculho e nada.

Minha inspiração não tem calendário,
Nem foi avisada dessa noite.

Sonolenta e distraída dormita ainda
Nas horas mortas do ano passado.

O pior é que não tenho como avisá-la.
Ou acordará por si e me procurará
Ou me chorarei comum e calado,
Não mais que um poeta morto
Procurando-se nos poemas alheios.

Inspiração, psssiiiit! Vem cá!

Francisco Costa

01/01/2013.

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