Não me falem
de poemas!
Estou cheio,
cansado,
Dividido
entre os meus e os alheios,
Em leitura
permanente
Ou parto
constante.
Não quero
saber mais de poemas!
Eles não
pagam as minhas contas,
Não
direcionam revoluções,
Confundem
mais que esclarecem
E se querem
o último docinho da festa.
Fora com os
poemas, eu já disse!
Deixe-os a
mercê de si próprios,
Narcísicos,
vaidosos, deslumbrados,
Orbitando os
próprios umbigos,
Ostentando-se
independentes.
Quero textos
revolucionários,
Palavras
armas que mobilizem,
Munição
verbal, provisão de letras.
Chega desses
orgasmos miúdos,
De arrepios
pequenos,
Dos prazeres
individuais.
Eu quero o
caos, a reforma
Íntima e
coletiva, a mudança,
Do título ao
ponto final.
Eu quero um
orgasmo universal.
Francisco
Costa
Rio, 04/01/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário