Caminho pelo
calçadão lotado,
Entre
passantes e transeuntes,
Arrastando
os meus fantasmas,
Solidários e
onipresentes,
De presença
constante, insistentes.
Vasculho
rostos, quero identidades,
Semelhanças
de pensares, opiniões
Que divirjam
ou convirjam, sonoras,
Alentando
meus ouvidos solitários.
Será que
aquela moça conhece Darwin,
O cidadão
com a mala e a pressa
Já ouviu
falar de Sartre e Marcuse?
Que se passa
nessas cabeças que passam,
Anônimas e
preocupadas, distraídas,
Sem imaginar
a Relatividade de Einstein
E as
implicações metafísicas e religiosas
Da mecânica
quântica, do é mas não é?
Não sei se
perdem tempo com isso,
Se abstraem
dos próprios quereres
Sempre
materiais, momentos
Em que,
apartados da urgência,
Sentem-se
deuses sentados na praia,
Perguntando
porque tudo
Se era muito
mais fácil o nada.
E contento-me
com o silêncio,
Resposta
clara para a ausência
Da
capacidade de entender
Qualquer
resposta.
Sábios são
os que fogem
Das
incógnitas e dos labirintos.
Francisco
Costa
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