sábado, 4 de janeiro de 2014

Flash back de puras emoções,
Minha poesia purga sensações,
Exposição de neurônios loucos
Em provimento à insensatez.

Se choro, empapam-se de lágrimas,
Cada verso parido em soluços,
Em partos de navalha nos pulsos.

Se em temporada de sorrisos,
Exagerados soam gargalhadas,
Alegria, felicidade, utopia
De momento instantâneo e rápido,
Hiato de tônica em mar de átonas.

Mas quando apaixonado...
Não é poema, mas pedaços de mim,
Cardiocacos pulsando no papel,
Olhares mal dissimulados, silêncio
De hormônios que efervescem
Mal contidos nas veias e no texto,
Buscando a leitora certa, precisa,
Onde se fará explosão clandestina,
De palavras desconexas e estranhas
Embotadas de sonhos e sexo.

Francisco Costa

Rio, 03/01/2014.

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