Primeiro dia
do ano,
Preciso
escrever
O primeiro
poema do ano.
As ideias,
embotadas e arredias,
Recusam-se
ao laço da poesia.
Tateio,
cutuco, vasculho e nada.
Minha
inspiração não tem calendário,
Nem foi
avisada dessa noite.
Sonolenta e
distraída dormita ainda
Nas horas
mortas do ano passado.
O pior é que
não tenho como avisá-la.
Ou acordará
por si e me procurará
Ou me
chorarei comum e calado,
Não mais que
um poeta morto
Procurando-se
nos poemas alheios.
Inspiração,
psssiiiit! Vem cá!
Francisco Costa
01/01/2013.
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