sábado, 4 de janeiro de 2014

Frágil, de fragilidade posta
Em sorrisos de bebês,
Plumas soltas, aéreas,
Aleatórias e leves, no ar,
Como doces mãos de fadas
Em exercício de carícias,
Volatilidade feita cheiros,
Inebriares florais, cascatas
De cristalinas águas, puras
Como a inocência do homem
Em seu instante primeiro.

Burla ao que se quer pecado,
Duro e frio, de letalidade
Morta porque afogada
No que se fez bom.

Frágil, com a fragilidade
Do temporário
Que não se sabe eterno.

Francisco Costa

Rio, 03/01/2014.

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