sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Moça, eu preciso de você
Com precisão tanta
Que me range os dentes.

De olhos baços, desiludidos,
Eu busco você, seu vulto
Ainda que esmaecido
E longe, apartado de mim.

Moça, meus braços querem
Meu corpo espera, em ruído
Que não se pode música
Senão com você, por você.

Moça, desaparecida moça,
Pouco se me dá se de não
A sua resposta esperada,
Se de talvez ou quem sabe,
Desde que resposta rápida,
Urgente e necessária, como
Ar para um asfixiado, água
Ao que na agonia da sede
Implora uma única gota,
A última, digitando moça,
A tortura me mata, vem cá.

Francisco Costa

Rio, 20/01/2014.

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