terça-feira, 17 de junho de 2014

NOTURNO

Há névoa no vale,
A lua não veio.

Só o som da chuva,
O vento nas folhas
E o silêncio da noite.

Nada apraz ou consola,
Anima ou conforta,
Fora um anfíbio baldio,
Rã ou sapo, não sei,
Coaxando uma sinfonia.

Sem ter o que fazer,
Permaneço quieto,
Prisioneiro da poesia.

Francisco Costa
Rio, 10/06/2014.

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