Cobrindo-o com chuvas,
Névoa, sereno, cobertores.
Agora te recordo nua,
Encostada na porta,
Derramando sorrisos.
Sempre afoita, impaciente,
O quarto te anestesiava,
Reduzindo a usina de carícias,
Lentas e gradativas, suaves,
Para explodir em contorções
E gemidos, palavras soltas,
Rendição de fêmea cansada.
Mas súbito o sol se escondeu,
Eclipsado em nuvens e chuvas,
Névoa, sereno, cobertores...
Em anúncio de nova estação,
A de cultivar saudades e dores.
Francisco Costa.
Rio, 28/05/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário