No que não se pode mostrado
Porque avesso ao sensato.
Há meninos de armas nas mãos,
Meninas com sexos nas mãos,
Ensolaradas manhãs de maio,
Discursos parlamentares,
Bandeiras desfraldadas,
Tatuagens na lua,
Insetos na varanda.
Acondicionadas em gelo e espera,
Garrafas de cerveja espreitam
O anúncio do pênalti ou do gol.
No palco o espetáculo continua,
O circo efervesce gritaria e caos,
Mostrando que a vitória é certa.
Na praça o mendigo grita vitória,
O cão sarnento se assusta
E a turba reinaugura o carnaval.
Sem saber porque, o poeta chora.
Francisco Costa
Rio, 30/05/2014.
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