Não sei das moças nos mercados
Nem dos meninos nos shoppings,
Dos velhos nas praças e nas casas.
Sei de mim, projeto inacabado
Roendo o tecido da curiosidade.
Vasculho-me sempre, propenso
Ao entendimento dos segredos
Que nos apensam vítimas,
Presas do infortúnio comum
Mastigando corpos e consciências.
Não sei das moças nos mercados
Nem dos meninos nos shoppings,
Dos velhos nas praças e nas casas.
Por isso esse interesse distraído
Nos meus versos, a todos comum.
Embora de diferentes embalagens,
Somos todos iguais, somos um.
Francisco Costa
Rio, 31/05/2014.
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