terça-feira, 17 de junho de 2014

Não sei das moças nos mercados
Nem dos meninos nos shoppings,
Dos velhos nas praças e nas casas.

Sei de mim, projeto inacabado
Roendo o tecido da curiosidade.

Vasculho-me sempre, propenso
Ao entendimento dos segredos
Que nos apensam vítimas,
Presas do infortúnio comum
Mastigando corpos e consciências.

Não sei das moças nos mercados
Nem dos meninos nos shoppings,
Dos velhos nas praças e nas casas.

Por isso esse interesse distraído
Nos meus versos, a todos comum.

Embora de diferentes embalagens,
Somos todos iguais, somos um.

Francisco Costa
Rio, 31/05/2014.

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