Sempre que a
madrugada mostra seus dentes
De predadora
de sorrisos, alheio-me
Ao que se
quer claridade e mergulho em mim,
Meio monge
concentrado, desfiando
O que se pôs
ininteligível horas antes.
É aí que
vejo as cores que fixarei nas telas,
Furtadas da
imaginação em florescência,
E as
palavras que roubarei dos dicionários
Para a
clausura dos textos versificados.
Penetro na
noite como quem atravessa
Sutil
película, em semi permanência aqui,
Em trânsito,
entre a flor do jardim
E a flor que
se quer em mim.
Francisco
Costa
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