Quem poeta,
eu? Não,
Mero
escrivinhador solitário
Do que se
alterna luz e trevas
E se exige
anunciado,
Simples
fotógrafo atento,
Registrando
com palavras
O que se
mostra cotidiano,
Embora
imperceptível
Aos que oram
ou dormem,
Falam ou
contam moedas.
Só um
escriba em ofício
De partícipe
da vida, comum,
Trivial,
igual a tantos e todos,
Mas perdido
em si
Porque
perdido do mundo.
Versos são
só fotogramas
Sem o trato
do fotoshop,
Sem edição e
sem maquiagem,
Crus e
virgens como corpos nus.
Francisco
Costa
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