sábado, 21 de dezembro de 2013

Quem poeta, eu? Não,
Mero escrivinhador solitário
Do que se alterna luz e trevas
E se exige anunciado,

Simples fotógrafo atento,
Registrando com palavras
O que se mostra cotidiano,
Embora imperceptível
Aos que oram ou dormem,
Falam ou contam moedas.

Só um escriba em ofício
De partícipe da vida, comum,
Trivial, igual a tantos e todos,

Mas perdido em si
Porque perdido do mundo.

Versos são só fotogramas
Sem o trato do fotoshop,
Sem edição e sem maquiagem,

Crus e virgens como corpos nus.

Francisco Costa

Rio, 17/12/2013.

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