segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Possuída de amor
É qualquer coisa assim
Túrgida, entumescida,
Lavrando carícias e sons,
Gemidos e gritinhos,
Pronunciando o meu nome
Como se fundamental
No seu mergulho
De êxtase e paixão.

Só carne que se morde,
Investe aflita e urgente
Sobre o que em mim ressalta,
Apêndice abdominal,
Mal contido e invasivo
Em procrastinação distraída
Ao que não se queria quieta,
Prolongando o mergulho
Numa piscina sólida
De fronhas e lençóis.

Francisco Costa.

Rio, 29/12/2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário