(para
ruborizar anjos)
Desço do meu
romantismo
Para ser
claro e realista,
Dizendo o
que não ousam
Os puritanos
e pudorados
De bundas
cheirosas.
Ontem e
anteontem,
Em ceias,
festas e banquetes
Nos
locupletamos em comidas
De fortes condimentos
E gasosas
fermentações:
Frutos do
mar e frutas outras,
Batatas e
couve (ah, a couve
E suas
parentas, dona brócolis
E senhor
repolho, vésperas
De
intestinais revoluções),
Batatas e
ovos cozidos
(são fatais,
incontornáveis),
Tudo regado
a álcool
E
refrigerantes,
De tal
maneira municiada
A flora
intestinal
Que hoje
deveria ser feriado:
Dia do pum,
do traque, do peido,
Do
foguetório indiscreto,
Do ante
roseiral infecto,
Invadindo as
narinas,
Incomodando
a torto e à direita,
Com bundas enlouquecidas,
Sempre na
espreita,
Em atividade
natural,
Como se
fosse carnaval
Em momento
não aprazado.
Incomoda mas
é engraçado.
Francisco
Costa
Rio,
26/12/2013.
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