Estávamos na
praia.
Ela, pele de
sal
Refletida no
sol,
Deitada na
areia,
Convite e
convocação.
Deitei-me a
seu lado,
Respiração
sôfrega
E pelos
eriçados.
Seria agora
ou nunca,
Hoje ou jamais
A posse
daquele corpo,
Relevo de
carne na praia.
Estendi o braço
direito,
Os dedos
tocando-a,
Queixo e
boca, pescoço,
Fazendo
virar-se.
Anulando o
espaço,
Nossos
olhares ternos
Fundiram-se
em um,
Anulando a
paisagem.
Agora o
braço esquerdo
Enlaçando a
cintura,
Eclipsando o
umbigo,
Entre o
hesitar e o exitar,
Trêmulo, sem
saber
Que caminho
tomar.
Murmurou
alguma coisa
Ininteligível,
vestida
De hálito
quente, úmido.
Preocupou-se,
súbita,
Com o em
redor
O que soou
consentimento.
Encostei-me
displicente,
Com rijos
latejares
Sobre a
perna morena,
Relaxada e
pronta
Esperando.
E acordei.
Francisco
Costa
Rio,
27/12/2013.
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