Então me
acusa de mulherengo,
Volúvel,
maroto e frívolo,
Em trocas
constantes, vivendo
Como um
colibri, de flor em flor.
Diz que não
nasci para esquentar camas,
Distribuindo
adeuses no atacado, sempre,
Semeando
lágrimas e esperas constantes.
Fala que não
nasci para âncoras e algemas,
Alianças...
Tudo o que for de prender.
Descontando-se
certa dose de exagero,
Do folclore
criado pelos invejosos, talvez,
Admito certa
dose de veracidade, é certo.
Mas só até
estar apaixonado, rendido.
Aí cesso-me
propriedade quase coletiva
E me dou
inteiro e completo, definitivo,
E me realizo
em corpo único e bastante.
Não, não é o
medo da perda,
Menos
respeito, consideração
Ou lá ou que
quer que seja.
É porque
apaixonado não me pertenço e,
Honesto, não
posso dar o que não é meu.
Francisco
Costa
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