Porque
fechada
Ao que te
afeta e afoita?
Abre-te, concede-te
Às
solicitações urgentes
Do teu corpo
aflito,
Entre
hormônios
E ansiedade,
Estabelecendo
roteiros
Entre a
vontade e o nada.
Curva-te aos
teus instintos
Mais puros,
onde se revelará
Tudo o que a
ti te negas.
És carne,
nervos, músculos...
Impropriedade
Ao que não
se permite posse,
A ânsia
ambicionando sexo,
Essa palavra
antiga e presente
Que escondes
fora do dicionário.
Fechada ao
mundo, a ti mesma
Não
(re)descobrirás nunca
Que a fonte
dos sorrisos,
Do prazer e
da poesia
Repousa no
melhor de ti,
No que,
inocente, amordaças.
Estamos para
o sexo e o despudor
Como as
flores estão para as plantas,
Momento
único, quase último
Em que se
consuma a plenitude,
A razão de
existir.
Francisco
Costa
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