Laivo de
incontidas paixões,
Rastreio-me
peregrino
No encalço
de mim mesmo.
Gordo de
quereres e vontades,
Amargando a
subnutrição de sorrisos,
Busco-me
como a planta busca luz,
O bicho
procura a presa, a moça,
Sonho na
janela, espera orgasmos.
Esta a minha
missão, percorrer-me,
Incessante e
atento, sem concessões,
Até me
encontrar, não importa onde,
Talvez em
algum corpo,
Em algum
verso distraído
Ou num poema
necessário.
Busco-me
como quem se busca
No espelho,
com o corpo cá,
Mas sabedor
de que a alma está lá,
Em
redundância
De não poder
quebrá-lo
Para não se
perder em definitivo.
Francisco
Costa
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