Natal na
área
E o que
desejar aos amigos
Senão a
abundância da matéria prima
Que se
edifica sorrisos e realizações?
Então que
seja um natal pleno,
Completo em
intenções e atos,
Pautado no
que de melhor
Em cada um
de nós.
Não o natal
dos shoppings e lojas,
Das pequenas
lâmpadas
E bolinhas
multicoloridas;
Menos o da
música estridente,
Do caos
posto ceia e festa.
Um outro
natal, de renovação,
De
renascimento do invisível,
Do que nos
habita calado
E corre o
risco de morrer
Por não ter
como se manifestar.
Falo do
amor,
Mas não do
amor concreto, cotidiano,
Comum, e que
se manifesta sempre
E só na
matéria: em outro corpo,
Fazendo da
matéria ponte de manifestação:
Buquês,
jóias, brinquedos, roupas...
Postos aos
pés da árvore, em cabeceiras,
No sorriso
do amigo oculto, nos correios.
O amor de
que falo não tem contrapartida,
É
intraduzível, só se mostrando, pálido
E parcial,
na dedicação e nas obras de arte.
Aliás,
sabemos tão pouco dele que,
Na nossa
inocência, não o percebemos,
E nos
dividimos em opiniões e palpites,
Erigindo
religiões, filosofias, partidos...
Em
equivocada imposição de verdades.
O amor é
mais, indivisível, irrelativizável,
Sem se poder
parcial ou limitado
Porque total
e em cada um,
Ainda que
não tenhamos consciência disso.
Pois é esse
amor que desejo posto sempre
Em sua ceia
e em sua vida, em seus dias
E noites,
quando só ou acompanhado,
E em
permanente partilha com o próximo.
Feliz natal,
meu amigo.
Feliz natal,
minha amiga.
Francisco
Costa
Rio,
19/12/2013.
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