Minha porção
oca,
Vazia,
Sem nada
dentro,
Tomou a
frente,
Hoje.
Vasculho-me
em vão,
Tateando
possibilidades
Abortadas,
Nascidas
para o fracasso.
Lá fora
chove
E em mim
faz-se nublado
O ensolarado
sorriso
De ontem.
Olho-me no
espelho
E me descubro
outro,
Inútil e
menor,
Como asas
descoloridas
Num pássaro
morto.
Francisco
Costa
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