Navego agora
nesses acordes,
Conduzido a
mim ontem
Sem saber do
que me escondiam.
Eu não me
sabia leve, flutuante,
Capaz de
voos e permanências.
Logo
impuseram-me cargas,
Fardos
pesados de carregar:
Preceitos,
conceitos, preconceitos,
Necessidade
de opiniões,
Posicionamentos,
atitudes
Decisões...
Despindo-me do menino
Que se
acreditava absoluto,
Senhor do
reino e da existência.
Foi tanta e
tão incipiente carga
Que agora,
trôpego e só, cansado,
Relativo,
referência do que carrega,
Quero só o
descanso, o alheamento,
O
descompromisso daquele menino
Sentado na
calçada, ouvindo Beatles.
Francisco
Costa
Rio,
27/03/2014.
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