Lá fora faz
carnaval.
Sei porque me
chegam os sons
De vendavais
de corpos em orgia,
Ritmadamente,
em cadência de caos.
Aqui, no
ritmo de sempre, chafurdo-me,
Tristeza sem
justificativas, buscando
A terapia
exata para o que constrange
E reduz,
limita na área de poucos sorrisos.
Eu não me
queria assim, palpitação às avessas,
Pauta para
canções tristes, degredo explícito,
Como se
estrangeiro no meu próprio corpo
Ansiando
longe o que não sei nem presumo.
Trago em mim
a estranheza de tudo,
Este exílio
de nascença impondo saudades
De algum
tempo ou lugar onde, suponho,
Deve ser
carnaval sempre.
Acho que é
lá que moro
E este que
carrego é a máscara
Onde me
escondo porque aqui.
Francisco
Costa
Rio,
01/03/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário