Caminhei
mundo afora,
Busca de mim
fora de mim,
A cata da
identidade perfeita,
Espelho do
que me angustia ou realiza.
Vi campos de
batalhas, sangue inútil
Porque fora
das veias, escorrendo no chão.
Vi carência
e miséria, corpos desmilinguidos
Ostentando todos
os precisos possíveis.
Vi homens
apertados e apartados, ambições
De lugar ao
sol, de saciedade urgente.
Vi a
perseguição, a discriminação, o preconceito.
Vi olhares
baixos e desânimo, descrença,
E a
esperança pisoteada pelas patas da dor.
Vi nuvens escuras,
vendavais, ausência de sol.
Descrente da
possibilidade de harmonia,
Resolvi
aposentar os meus sorrisos,
A cultivar
tristezas, e descobri a poesia.
Francisco
Costa
Rio,
25/02/2014.
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