Imateriais
amigos
Que moram na
minha imaginação,
Sem corpo,
hálitos, olhares...
Só e pura
emoção.
Amigos que
não exigem
Porque
longe, só se dando
Em
sentimentos digitados.
Amigos mais
que amigos
Porque
impróprios à posse
À obrigatoriedade
da convivência,
À partilha dos pruridos do mau humor,
À partilha dos pruridos do mau humor,
Das
frustrações mostradas em gestos,
Ainda que
inconscientes,
Permanecendo
calados, quietos,
Sem comentar
ou curtir, partilhar,
Quando
discordantes.
De palavras
generosas, abundantes,
Quando
contaminados,
Aliciados
porque concordantes.
Amigos ideais
porque idealizados,
Cúmplices e
parceiros, companheiros,
Sempre na
tela do monitor,
Manhã,
tarde, noite, madrugada,
Como se
fossem a esperada namorada
Com as mãos
cheias de amor.
Bálsamos no
estar só,
Terapias da
solidão.
Amigos
nascidos da tecnologia,
Irmanados em
curiosidade e poesia,
Atravessando
céus e oceanos,
Em radical
desejo de se abraçarem
De verdade,
quem sabe, talvez...
Um dia.
Francisco
Costa
Rio, 26/03/2014.
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