Ainda que
desprovido de asas, alço-me
Em voo e
parto, incólume e mágico,
Vendo o
mundo longe, mero ponto
Onde se
debatem dramas, tragédias,
Risíveis
comédias humanas em curso,
Alimentando
sorrisos e solidão.
Sou agora só
ideia, imaginação solta,
Sem as
amarras das necessidades urgentes,
As âncoras
de quereres mal satisfeitos,
O litoral da
razão, o chão sólido e frio
Da
permanência no que é sensato.
Voo. Eu
agora voo em pertinência baldia,
Apartado de
tudo o que não seja o voo,
Como uma
pluma ao acaso, sem ocaso,
Só
trajetória sem intenções ou destino,
Com missão
única e determinada: voar!
Francisco
Costa
Rio, 27/02/2014.
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