Onde cato
meus versos?
Eu habito
canções, moro
Na paisagem
domingueira
De todos os
dias, resido
Em sons e
formas, atento
Ao que se
quer anunciado.
Purgo dores
que não são minhas
E tomo
sorrisos que não são meus,
Enunciando-se
partículas de vida,
Esse acaso
com cheiro de milagre.
A condição
do homem é a da ostra,
Acreditando-se
apartada do mar,
Coisa única
e especial no universo.
O poeta é um
destruidor de conchas,
O
violentador de inocências,
O que abre a
porta e aponta:
O mundo está
lá fora
Francisco
Costa
Rio,
26/02/2014.
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