Como dizer
confio em ti
Se tens a
vulnerabilidade da flor,
Baldia e
abandonada, a mercê
Dos ventos,
insetos, chuvaradas?
Como
apartar-me da desconfiança
Se flanas,
deliciosa e doce, serena,
No olhar dos
homens que te cobiçam
E elegem
matéria da imaginação?
Como
render-me a teus encantos
Se trazes a
transitoriedade de versos
Que não se
bastam redigidos, ansiando
Leitura e decifração, posse, admiração
De leitor
surpreendido, atento à posse?
Como
entregar a ti o meu passado,
Compartilhar
o presente,
Anexar o
futuro, em oferenda no escuro?
Então fica
assim como está, não mais.
Nos limites
dos nossos corpos em êxtase,
Pura agonia
do que não se basta
E quer mais.
Francisco
Costa
Rio,
06/03/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário