sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Urge que te faças sombra
Porque sobras, excedes
Nesse meu coração cansado.

Trago agora a inconstância
Do que não se permite permanente
E morre um pouco aos poucos.

Minha vitalidade, a despetalei
No combate das dúvidas,
Em lutas que não comecei.

Agora só quero o silêncio.
O silêncio feito de estar só,
O silêncio feito de ausências.

Urge que te faças sombra
Porque, sombrio,
Sou só o fim de um susto.

Francisco Costa

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