fulgor que se inflama sem chamas,
em luminescência de estrela que cai
em cacos, iluminando a minha cama,
limito-me à contemplação, em fascínio
de menino antevendo a primeira cópula.
Poreja em ti insonhados segredos,
antevisões do que não se pode sabido,
reticências e silêncios, longas esperas,
em agonia do que se pretende urgente.
Matas-me, moça, nesse alheamento
de flor silvestre, de beleza anônima,
longe dos olhos, embora no coração.
Enquanto sonho, derramo versos.
Francisco Costa
Rio, 02/07/2014.
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