Sempre que a noite se veste de estrelas
e se sonoriza em beijos e cochichos,
duendes e fadas entram em prontidão,
prontos para semear sonhos e atitudes
que acordarão sorrisos no dia seguinte.
O que não pode ser conhecido é assim,
baila escondido, mastigando as trevas
para criar o hábito da luz.
A noite, borboletas invisíveis e elfos,
aos magotes, brincam do espaço
e pousam sobre testas adormecidas,
que se acreditam sonhando.
Entre a realidade e o imaginado
mora a matéria da poesia.
Ao poeta cabe dar-nos a conhecê-la,
fecundando-a de noite,
para que nasça de dia.
Francisco Costa
Rio, 20/06/2014.
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