sábado, 3 de maio de 2014

Imagino-te distante
E distante te percorro,
Criativa imaginação,
Descerrando o espaço.

Em aérea ponte de sonhos,
Passageiro que se quer definitivo,
Palmilho o teu corpo só imaginado,
Abstrata ostentação de prazeres,
Entre o possível e o imaginário.

És carne, bem sei, capaz de arfar
E gemer, suar espera finda
Num encontro de impossibilidades
Onde, de caneta ereta
Sobre a sensual textura do papel
Copulo contigo em versos.

O mundo virtual tem disso:
Enlaçar almas
Mantendo os corpos dispersos.

Francisco Costa

Rio, 03/05/2014.

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