sexta-feira, 7 de junho de 2013

VISTA-TE

 VISTA-TE!

Não à desfaçatez de te pores nua assim,
Entre o horizonte e a madrugada,
Semeando o que não contenho, desejo,
Nessa incontinência de adolescente tardio.

Vista-te! Não ouse a alvorada ainda agora,
Antecipando luzes e trinados, amanhecer
Só em louvação a ti, concretude de carne
Anunciando que a vida é possível, existe.

Vista-te! Não cultive a pretensão
De irrelevar o tempo e anular tudo.
Conseguirás.

Francisco Costa

Rio, 06/06/2013.

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