domingo, 2 de junho de 2013

VIOLEIRO

Eu, violeiro de uma corda só,
de acorde único e monótono
em permanente serenata,
chego à tua janela e canto:

“As vezes no silêncio da noite
eu fico imaginando nós dois.,
No antes, no agora e o depois.”

Desesperado da possibilidade
De que a corda se arrebente
E eu não conclua a canção.

Essa viola é meu corpo,
a corda única, esse coração
desafinado e repetitivo
cantando só
para mostrar que não está
morto.

Francisco Costa.
Rio, 25/05/2013.

N.A. – entre aspas, versos do compositor Peninha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário