Ao avesso,
vejo inverso,
De fora para
dentro,
Na busca do
que se esconde.
Vejo
vínculos e vícios,
Cores
entrevistas,
Sons não
pronunciados
Em floração
escondida.
Vejo vazios,
vaticínios,
Alamedas de
ciprestes,
Nuvens e
temporais,
Brisas mornas,
manhãs.
E mais vejo:
vicissitudes,
Desejos
malogrados,
Incipiência
de sorrisos,
Lágrimas
abundantes e claras.
Vejo, por
fim, o entardecer,
O declínio
da pompa,
O
reconhecimento dos erros,
Apelos
indeferidos.
E mais estou
pronto para ver:
O cerrar de
pálpebras,
Átomos
dissociados,
O silêncio
definitivo,
A escuridão.
Francisco
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário