Eis meu
coração,
cansado,
roto, machucado,
cheio de
cicatrizes e esparadrapos.
Não repare,
fiz dele escudo, enganado.
Delicado,
frágil, poético,
deveria ter
ficado na retaguarda,
protegido,
imune às intempéries,
às
tempestades emocionais impostas,
às decepções,
à angústia, às esperas.
Chego a
pensar que não é um músculo,
mas,
violentando a anatomia, destoa,
tecido em
carne macia e vulnerável,
impróprio a
anteparo de tantos reveses,
mas é o que
tenho de mais de mim.
Receptáculo
onde recolhi minhas dores,
desabrochou
quando te viu, e fugiu,
não sei em
que poema se escondeu .
Se
encontrá-lo, não devolva. É teu.
Francisco
Costa
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