No interior
de Estado nordestino, o nobre prefeito,
Pobre
cretino, construiu valão de metro e meio
De largura e
2 quilômetros de comprimento
Cortando um
campo de futebol em cheio
Para
descarregar esgoto in natura no rio
Justamente o
que mata a sede, abastece o município.
Duas
crianças afogaram-se em bosta, morreram.
Ouvida a
autoridade, em sapiência e responsabilidade
Esta
respondeu: o progresso custa sacrifícios.
Ora pro
nobis, santidade dos sádicos!
O secretário
de meio ambiente do estado mais pobre
Do país,
região mergulhada em seca que seca tudo,
Inclusive a
sensatez, a responsabilidade e a honestidade,
Transferiu
quatro milhões de reais do erário público
Ao próprio
pai, excelentíssimo senhor governador,
Para
investimento urgente e de dividendos na miséria:
Estudar os
hábitos reprodutivos das marrecas selvagens.
Ora pro
nobis, santidade dos sádicos!
Para abrigar
os despejados das inundações e desmoronamentos,
Dois anos
depois, com pompa e circunstância, os políticos
Anunciam a entrega
dos primeiros duzentos apartamentos,
Pequenos, de
difícil acesso, superfaturados.
Talvez por
arquitetônica revolta, todo o conjunto habitacional
Começou a
afundar no solo, rachando-se, ameaçando-se ruínas.
Questionado
sobre o gasto inútil de vinte e três milhões de reais,
Os
engenheiros nomearam porta voz e se dirigiram à imprensa:
Não
imgináavamos que fosse chover novamente.
Ora pro
nobis, santidade dos sádicos!
E o nosso
momento comercial:
Japoneses,
trocamos nossos políticos por vossas tsunamis.
Chilenos,
trocamos nossos políticos por vossos terremotos.
Deus!
Trocamos nossos políticos pelo inferno.
Nossas
relações com argentinos não é propriamente
O que
podemos chamar de abraços de irmãos e hermanos,
Mas, Chicão
primeiro, chega junto dEle e intermedia:
Não
aguentamos mais tanta sacanagem, tanta covardia.
Francisco
Costa
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