Meus Deus,
quando só nós dois
E por
instinto Você me aponta
A sua obra
em curso, evoluindo,
Quedo-me,
misto de ignorância,
Estupefação,
fascínio, admiração
Diante do
que se anuncia exato.
Se viajo no
macro, na imensidão
Povoada de miríades
de galáxias,
Onde
provavelmente pulula vida,
Viajo sonhos
avessos à insensatez
Do comum, em
textos sagrados
E moedas,
cheios de verdades.
Se vou ao
micro, átomos de luz
Condensam-se
matéria palpável
E se
entrelaçam em dançares
Até se
erguerem coisa viva, vida
Povoando teu
jardim encantado.
Eles não
sabem do tamanho de tudo,
Da
complexidade de tudo, de tudo.
Por isso O
encarceram em livros
E sermões,
tão despropositados
E inocentes,
a ponto de suporem
Deter
conhecimentos definitivos
De Suas vontades,
determinações,
Propósitos,
motivações, desígnios.
Pela obra
avalio o artista, mas...
No Seu caso,
perdão, eu não sei.
A minha
pequenez de menino
Diante do
infinito e da eternidade
Põe-me
diante do inimaginável,
Do
incogniscível, do não verbal
Das minhas
orações em silêncio
De
contemplação e êxtase.
Tenho um
filhinho de cinco anos,
Senhor. Ele
acredita em papai Noel.
Está
convicto, tem certeza, ora
Pedindo os
presente que compro.
Compro por
entendê-lo inocente.
E é em nome
dessa nossa inocência
Que peço:
abençoa-nos, cobre-nos
De proteção,
aponta-nos a luz.
Um dia meu
filho saberá de tudo,
Quem é Noel,
quem estava por trás.
Um dia
saberemos o que é Você,
Mas agora
não. Somos meninos
Ainda.
Francisco
Costa
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