terça-feira, 7 de maio de 2013

VAZIOS


Mais uma madrugada insone,
mais horas amealhadas nessa dor noturna
feita de questionamentos e esperas.

Vou, agora, perambular corredores de dúvidas,
galerias de apreensões, longos caminhos
que terminam sempre em becos sem saídas
ou com saídas para o início, para o recomeço,
de onde nunca saio, como um inseto noturno
em órbita na lâmpada, girando, girando
certo de que a chegada está na próxima curva.

Esta a maldição dos filósofos e poetas,
não saber dos números e suas operações,
das incógnitas e suas resoluções.

Nossos teoremas são só teorias.

Francisco Costa,
Rio, 17/01/2013.

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