Quando todos os meus poemas
sucumbirem
E deles só restarem ecos em
sua memória,
Lembre-se que mesmo longe, na
distância
Ainda os estarei declamando
em silêncio,
Como as flores, que se
mostram coloridas
Mesmo que para os olhos de
ninguém.
Nesta hora de extrema
solidão, talvez pasmo,
Estarei dedilhando ainda um
imaginário teclado,
fixando versos nascidos da
memória longe
transportando-me até você
esquecida de tudo,
como se tudo o que hoje está
morto não passou
de um sonho remoto, vaga lembrança
flutuando
em dias novos e ensolarados,
mas sem mim
dormindo num pesadelo
absoluto, sem despertar.
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