terça-feira, 7 de maio de 2013

SÓCRATES SABIA


Entre o amor de uma mulher
e o ódio de um homem,
como afirmou Sócrates,
não sei o que mais temo.

Ao inimigo levo a predisposição
de espelho que o reflete,
blindado em minha determinação,
pronto ao revide ou ao ataque.

Mas diante do amor, sou frágil,
sou fraco, derrotado sempre,
mesmo antes do combate.

Aos inimigos os meus punhos
duros, contundentes, agressivos.
Ao amor... a ausência de punhos,

só mãos e dedos distraídos,
prolongamentos do meu coração.

Diante do amor, sempre vencido,
rendido, amargando a prisão.

Francisco Costa
Rio, 11/03/2013.

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