Quero fazer
um poema exato,
milimetricamente
escrito,
sem concessões
ao mais e ao menos.
Um poema
perfeito, capaz de calar.
Algo tão
magicamente correto
que o mais
se anule, por ser nada.
Mas logo
mudo de idéia.
Qualquer
coisa assim construída
não seria
humana,
não teria a
falibilidade benfazeja
que nos faz
desequilíbrios
destilando
quereres e frustrações.
Quero
continuar a fazer poemas
falíveis,
equivocados, sedutores
como a
condição humana.
Francisco
Costa
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