Preciso do
teu amor
como as
folhas precisam do sol
e o solo
precisa da água,
com a
urgência dos apaixonados
em pura
agonia, desespero
de folhas no
escuro, seca tórrida
no solo
apartado da água.
Preciso-te
como ao ar,
em sufoco,
asfixia, necessidade
que se
cumpre morte
na tua
ausência, espaço imenso
de ocupação
improvável por mim só
tateando
possibilidades
de encontrar
o teu corpo de novo.
Cintilação
marinha, eras tu
a razão da
primavera, sol sobre o mar,
laceração de
cores nos meus olhos,
ruídos,
atestados de vida banhando
este corpo
que agoniza
enquanto te
espera.
Francisco
Costa
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