terça-feira, 14 de maio de 2013

RETIMBÓRIUS


Preciso decifrar o enigma:
Do intimo do sonho, hoje
Uma palavra saltou livre,
Apascentada  de todas,
Em desafio: retimbórius,
O bastante para ativar
A curiosidade, cada neurônio.

Sonora anasalada, retimbórius
Soa a ser pré-histórico,
Talvez amigo íntimo
Do pterodáctilos, do arqueoptérix
Ou não, é um mineral  escondido,
Irmão da pecblenda ou da amonita.

Não, não deve ser... Quem sabe
Um exoplaneta distante e só,
A orbitar sírius ou  cassiopéia?
Não, muito improvável. Já sei!
É um inseto novo, catalogado agora,
Da família dos coleópteros,
Certamente mais um Pastrongilus,
Intimo do Triatoma, será?

Um humilde peixinho por aí
A nadar entre amigos de banho,
O Carassius auratus, certamente
Junto com o Lebistes reticulatus.

Não, definitivamente
Jamais saberei, ninguém saberá.
Retimbórius é só uma palavara solta
Do vocabulário do nunca foi
E nunca será. Lá, bem lá
Onde ponho o visgo e caço poemas.

Lá a lógica é diferente.
O choro é desconhecido
E o sorriso, permanente.

Francisco Costa
Rio, agora/11/2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário